segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O Pagode

Burocracia.
É esta a palavra de ordem nesta terra de calor, sol e alegria.
Este povo mestiço já leva uma vida tão relaxada e vagarosa, mas ainda assim conseguem arranjar forma de tornar tudo mais moroso e pesado.
Dezenas de processos desnecessários não por não existir utilidade para eles mas porque são ineficazes naquela que deveria ser a sua função...
Ainda assim, numa semana inteira consegui tratar de 2 documentos, RE e CPF.
Mas lamúrias à parte, chegado o fim-de-semana, é tempo de conhecer o badalado instinto feminino!? das brasileiras.
Começo por um bar de patricinhas, onde toda a gente é branca, onde todas as mulheres são lindas... muito bonita a paisagem mas sem muito interesse. Ressalvo no entanto que as caipirinhas destes gajos são feitas com cachaça à séria e servidas como deve ser, que pomada!
Umas horas depois, e já farto do ambiente semi-europeu... é hora de ir ao local onde impera a brabeza, onde as brigas se resolvem na bala e não na mão, onde os únicos brancos seremos eu e o meu companheiro.
Revistados na entrada, pagamentos adiantados, local escuro, pagamentos feitos por uma janela do tamanho de um telemóvel, um quadro negro...
Chegados lá dentro, música, alegria, samba, pagode, diversão.
Mãos quietas, dançar na minha, nada de passar a mão nas gatinhas, não vá o diabo tecê-las... eheheh... mas ainda assim um grande ambiente, muita diversão e acima de tudo aquilo que mais tenho gostado neste povo, a simplicidade e alegria.
Vou voltar.
Ah... antes que me esqueça, o instinto feminino das brasileiras, pelo menos aqui na pequena São José dos Campos não me pareceu nada por aí além, ou então é incompetência minha... eheheh

Falou Galera!!!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Primeira impressão

Eis que 15 horas de viagem depois, o verdadeiro, passa a ser o portuga.
A primeira impressão, dizem, é a que mais conta. Espero bem que a comprovada sabedoria popular desta vez não esteja certa ou que, pelo menos, eu seja a excepção que confirma a regra.
Chegar a S.Paulo numa noite de chuva foi, pelo menos para mim, deprimente. Devia estar com a expectativa demasiado alta. Para além disso, o facto de estar sozinho não ajudou muito à festa...
Quer isto dizer que o quadro está muito negro? Não necessariamente.
Hoje levantei-me de manhã e vim para S. José dos Campos onde a luz do dia já me permitiu ver um pouco do que o Brasil promete... Boas perspectivas... :D
Somado a isso o facto de o dia ter sido uma risota completa, pois falar para estes gajos ou para um poste só difere no facto de o poste não dizer "oi" de 5 em 5 segundos...
Para além disto, comprar um isqueiro nesta terra revelou-se mais dificil do que eu suporia à partida...
Outro ponto interessante é a àgua suja que eles vendem a um preço exorbitante (3 reais!?)... Eles chamam-lhe café... Felizmente já consegui pôr um ou dois a tirar um café decente...
Por agora não tenho mais que relatar..

see ya

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O cachorrinho abandonado


Portugal.
 O homem bêbado. A mulher dança na pista. O homem bêbado de olhos fixos na mulher que dança na pista. A mulher dança na pista. Pensa o homem bêbado: grande gata. A mulher dança na pista. Aproxima-se o homem bêbado. - acreditas que, sendo homem, te posso ser 100% sincero? A mulher que dança na pista, pára de dançar. – não. O homem bêbado já sem pensar: - Passei 90% do tempo a olhar para ti. A mulher que já não dança: - foste sincero. A cumplicidade acontece. Os olhares tocam-se e rasgam-se os sorrisos. A mulher volta  a dançar na pista. O homem bêbado implora. A mulher que dança na pista - hoje não. O homem bêbado de olhos fixos na mulher que dança na pista. A mulher dança na pista. O homem bêbado sorri e levanta a cabeça. A mulher dança na pista. Pensa o homem bêbado: Podia ter sido diferente? Podia. A mulher dança na pista. O homem bêbado vai embora. A mulher dança na pista.

Sob pseudónimo: Helder, o louco.